O motivo do olhar: mistérios da animalidade segundo C.L.
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v51iesp.1516Palavras-chave:
Animalidade, Humanidade, Alteridade animal, Crítica literária, Clarice LispectorResumo
Por meio de uma leitura do conto “O búfalo”, republicado por Clarice Lispector em Laços de família (1960), este artigo propõe um estudo sobre a relação do animal humano e não humano a partir das proposições de Jacques Derrida (2002) e Giorgio Agamben (2017). Postulamos existir uma correspondência entre a mulher do conto e alguns animais do zoológico, os quais figuram como pontos de reflexos frente aos medos e anseios da personagem humana. Essa correspondência torna-se aceitável na medida em que a narrativa problematiza o tema da alteridade animal, bem como ilustra ficcionalmente a imbricada relação de animalidade entre o homem e o inumano. Valeremo-nos, assim, das premissas teóricas dos Estudos Animais em interface com os estudos literários, tal como proposto por Maria Esther Maciel (2016) e outros críticos que já trataram da presença dos animais na literatura de Clarice, a exemplo de Silviano Santiago (2006) e Evando Nascimento (2012).
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