Crônicas como memoriais: A Brasília de Clarice Lispector (e o temporário desaparecimento do invisível)
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v51iesp.1522Palavras-chave:
Clarice Lispector, Brasília, MemorialResumo
Construída como uma alternância constante de investigações subjetivas e anotações subjetivas, a primeira crônica de Clarice Lispector sobre Brasília (publicada em Senhor, 1963) pode ser comparada a um memorial arquitetônico, que se encontra entre o estilo pessoal e a celebração pública, com um referente e uma intenção externa. Nas edições sucessivas (a partir do Jornal do Brasil, 1970) desaparece uma frase que menciona o estilo de "Estado totalitário" da cidade. A compreensível omissão da frase leva consigo também a sua apresentação como "manchete invisível nos jornais". Com a censura desaparece o 'invisível', como as estátuas inexistentes de Brasília celebradas por Clarice como conclusão de efeito.
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