Morte da individualidade: “Apeiron” de Caio Fernando Abreu na contemporaneidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18309/ranpoll.v55.1991

Palavras-chave:

Imaginário;, Apeiron;, Individualidade;, Caio Fernando Abreu;, Ditadura;

Resumo

O artigo analisa, sob a perspectiva do imaginário de Gilbert Durand (2012), o conto “Apeiron”, do escritor Caio Fernando Abreu, produzido no período mais repressor da ditadura militar brasileira. Considerando o entrelaçamento entre a literatura do autor e o cenário em que estava inserido, estabelece-se um paralelo com o governo presidencial brasileiro de 2019-2022, em relação ao objetivo compartilhado de homogeneizar a sociedade de acordo com valores sociais pré-estabelecidos. O artigo, usando como aporte teórico a teoria de biopoder de Michel Foucault (2005), o conceito de necropolítica cunhado por Achille Mbembe (2018) e as considerações de Maria José Rezende (2013) quanto à pretensão de legitimidade e estratégias psicossociais da ditadura, além dos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2021; 2022; 2023), aponta como o regime ditatorial usava estratégias psicossociais para alcançar seu propósito, enquanto o governo federal de 2019 a 2022 lançava mão de mecanismos necropolíticos, trazendo ainda diversas representações imagéticas da morte da individualidade.

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Biografia do Autor

Mairim Linck Piva, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, Brasil

Professora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS, coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPq “Literatura, imaginário e poéticas da contemporaneidade”, integrante do GT da ANPOLL “Imaginário, representações literárias e deslocamentos culturais”, coordenadora do Programa de Extensão “Socializando a leitura”.

Raquel Barros Paes , Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, RS, Brasil

Graduanda do curso de Letras Português na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Atua no Programa Socializando a Leitura como bolsista voluntária nos projetos "Troca de Livros: socializando a leitura", "Oficina de Contação: a formação de leitores" e "Literarte: literatura em movimento", participa do grupo de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), “Literatura, Imaginário e Poéticas da Contemporaneidade”, da Universidade Federal do Rio Grande e atua como bolsista de pesquisa de iniciação científica no projeto "Trajetos identitários: imaginário e literatura" pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). 

 

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

Piva, M. L., & Paes , R. B. (2024). Morte da individualidade: “Apeiron” de Caio Fernando Abreu na contemporaneidade. Revista Da Anpoll, 55, e1991. https://doi.org/10.18309/ranpoll.v55.1991

Edição

Seção

Dossiê: Literatura do Rio Grande do Sul: personagens, espaços e temporalidades