TY - JOUR AU - Petrin Grande, Keilla Conceição AU - da Silva, Rogério Barbosa PY - 2020/12/31 Y2 - 2024/03/28 TI - Rui Torres, precursor de Herberto Helder e Raul Brandão: reimaginação na poética digital JF - Revista da Anpoll JA - ranpoll VL - 51 IS - 3 SE - Estudos Literários (2020) DO - 10.18309/anp.v51i3.1452 UR - https://anpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1452 SP - 211-224 AB - <p class="CorpoA">A literatura digital é uma das vertentes da literatura contemporânea, cujos textos partem de recursos hipermidiáticos e digitais em seu processo de elaboração. As escritas assim caracterizadas tanto apresentam inovações no campo estético, quanto preservam, reconfiguram e renovam modalidades do fazer literário inscritas na tradição. Nessa perspectiva, situa-se o texto <em>Húmus - poema contí</em><em>nuo</em>, do escritor português Rui Torres, que, além das várias mídias – som, imagem, texto – de que dispõe na produção do poema, estabelece diálogo com duas obras anteriores: o romance <em>Húmus,</em> de Raul Brandão, publicado em 1917, e o poema homônimo de Herberto Helder, de 1967. Nossa proposta, então é, a partir do trabalho de Torres, pensar como os meios digitais afetam a relação com o texto literário impresso, seja no ato da criação ou no da leitura, e discutir como se operam a retomada e o diálogo com as obras do passado. Nossa análise se fundamenta nos Estudos da Intermedialidade, de Irina Rajewsky, bem como no conceito de remediação, de Bolter &amp; Grusin. Tomamos também a ideia de escrita palimpséstica, tal como a formula G. Genette, e a reflexão de Borges sobre a releitura da tradição, entendendo que, ao se apropriar de um texto, o poeta promove um desvio em relação ao texto precursor.</p> ER -