Concepções de futuros professores e futuras professoras sobre o ensino de línguas na infância
DOI:
https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i1.1609Palavras-chave:
Concepções de graduandos, Educação linguística, Ensino de línguas para criançasResumo
Neste artigo, nosso objetivo é analisar concepções de futuros professores e futuras professoras sobre o ensino de línguas estrangeiras para crianças. Para tanto, realizamos uma pesquisa de campo de natureza qualitativa. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário online, o qual foi respondido por 31 estudantes do último ano do curso de letras (português/inglês) de uma universidade pública do norte do Paraná. As análises indicam que, de modo geral, os participantes acreditam que o ensino de línguas difere de acordo com a idade do aluno, ressaltando que as crianças mais novas aprendem mais rápido. Ademais, os graduandos e graduandas defendem que o ensino de línguas deveria iniciar na infância, pois, na visão deles e delas, é melhor para a aprendizagem e vantajoso para o futuro dos pequenos aprendizes. Diante disso, percebemos que mitos sobre o ensino de línguas para crianças ainda estão presentes em suas concepções, demonstrando a importância de revisitá-los e construir outras acepções sobre tal atividade docente, ao longo dos cursos de formação inicial, bem como é necessário proporcionar mais reflexões sobre a educação linguística na infância.
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