Crônica de uma tradutora anunciada: Clarice e a tradução como dever

Autores

  • Rony Márcio Cardoso Ferreira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, http://orcid.org/0000-0002-4084-3956
  • Germana Henriques Pereira Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal,

DOI:

https://doi.org/10.18309/anp.v47i1.1199

Palavras-chave:

Tradução literária, Clarice Lispector tradutora, Literatura brasileira

Resumo

Clarice Lispector tornou-se conhecida por renovar a prosa intimista da literatura brasileira durante o século XX. Além de escritora, foi jornalista, repórter e entrevistadora na imprensa carioca, sem contar o seu ofício de tradutora, por meio do qual assinou a versão de cerca de 46 textos em língua portuguesa, entre eles romances, contos e peças teatrais. Contudo, seus trabalhos de tradução ficaram de lado quando se discutiu, no cenário da crítica, o peculiar caminho de seu projeto literário. Nesse sentido, o presente artigo visa a um estudo da primeira tradução assinada por Clarice antes mesmo da publicação de Perto do coração selvagem (1943): a versão em português do conto “Le missionnaire” (1921), de Claude Farrère. Em outras palavras, este estudo procura evidenciar o lugar sintomático da tradução diante do projeto da escritora-tradutora, mesmo antes da publicação de seu primeiro romance. Para tanto, a partir dos estudos da tradução literária, esta reflexão volta-se à versão em língua portuguesa do conto francês, procurando tomá-la como um dos marcos iniciais do percurso de Clarice enquanto tradutora. Percurso este que nunca esteve dissociado de seu projeto, mesmo quando a jovem Lispector era ainda uma desconhecida nas letras nacionais.

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Biografia do Autor

Rony Márcio Cardoso Ferreira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul,

Licenciado em Letras Português/Espanhol (2009) e Mestre em Estudos de Linguagens – Teoria Literária e Estudos Comparados (2012), pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Doutor em Literatura – Literatura e Práticas Sociais (2016), pela Universidade de Brasília. Atualmente é professor dos Cursos de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), campus de Campo Grande. Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4462445638743563. E-mail: cardoso_rony@hotmail.com

Germana Henriques Pereira, Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal,

Possui diploma de Licence en Portugais - Université de Rennes 2 - Haute Bretagne (1987), de Licence en Français Lettres Modernes - Université de Rennes 2 - Haute Bretagne (1988), Maitrise en Lettres Modernes - Université de Rennes 2 - Haute Bretagne (1989), Mestrado em Literatura pela Universidade de Brasília (1998) e Doutorado em Teoria Literária pela Universidade de Brasília (2004). Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade de Brasília, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução. Lattes: http://lattes.cnpq.br/5479032498605468. E-mail: germanahp@gmail.com

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

Cardoso Ferreira, R. M., & Pereira, G. H. (2018). Crônica de uma tradutora anunciada: Clarice e a tradução como dever. Revista Da Anpoll, 1(47), 76–92. https://doi.org/10.18309/anp.v47i1.1199

Edição

Seção

SEÇÃO LITERATURA